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Veja como fazer um mapa de risco de obra baseado em gestão ambiental

O mapa de risco de obra funciona como um documento de segurança que facilita o trabalho dos colaboradores, o cumprimento de prazos e a conformidade com a legislação vigente em diferentes níveis. A partir de suas informações, é possível sinalizar as áreas perigosas e separar as soluções por setores com foco em um ambiente controlado. 

Dentro de uma planta da obra, círculos de diversas cores, que indicam o tipo de risco identificado e os seus níveis de gravidade, permitem a visualização clara do conteúdo. O que faz com que as atividades consideradas mais complexas sejam destinadas aos profissionais adequados e capacitações extras aplicadas estrategicamente. 

Quer saber mais? Vamos mostrar nos tópicos abaixo como fazer um mapa de risco de obra dentro dos pilares da gestão ambiental. Acompanhe: 

Saiba o que é um mapa de risco 

Diante de todos os desafios que fazem parte do início de uma obra, o mapa de risco funciona como um documento em que é possível identificar perigos de maneira personalizada. Na prática, se trata de uma projeção visual que sinaliza os potenciais riscos baseada em análises prévias minuciosas. 

Criado como uma forma de proteger os colaboradores, evitar problemas com apreensões e garantir o gerenciamento eficiente de resíduos, o mapa é representado em círculos, com diversas cores e tamanhos, dentro de uma planta do local. Isso para que seja possível ter uma perspectiva da obra em funcionamento com todos os setores. 

As sinalizações mostram os pontos mais vulneráveis dentro da área de atuação, por onde passar grandes máquinas, como usar corretamente equipamentos de segurança, quais espaços devem ficar restritos sem interferir em outras ações e os riscos de acidentes a partir de várias origens, como biológicos, ergonômicos, químicos e físicos.

Fatores avaliados 

A dinâmica de montagem do mapa de risco considera tudo o que pode comprometer a saúde ou a integridade física dos colaboradores dentro do ambiente laboral. Além da planta da obra, uma espécie de esboço do espaço de trabalho também pode ser usado para representar o tipo de risco, os tamanhos e as classificações. 

Eles são indicados por círculos de diferentes cores que demonstram os níveis de alerta relacionados. Em uma frequência semelhante às triagens de pronto-socorro em que os pacientes sem nenhum risco de vida recebem pulseiras verdes que indicam a possibilidade de esperar pelo atendimento.

Enquanto os pacientes com pulseira vermelha estão realmente em situação de emergência, correm risco de morte, e precisam de socorro o mais rápido possível. Assim, as cores usadas no mapa de risco da construção civil mostram o que deve ser olhado com agilidade e conscientiza o time sobre as prioridades do trabalho que será realizado. 

Identificação de danos ambientais 

A ideia de utilidade do mapa de risco de obra se baseia em ser o mais completo possível. No entanto, por conta da flexibilidade presente nas tarefas da construção civil, é simples adaptar categorias conforme as características de cada tipo de projeto, a quantidade de colaboradores e as chances de danos ambientais, por exemplo. 

O mapa pode ser um excelente aliado quando pensado como uma maneira de exemplificar visualmente os perigos identificados nos estudos de riscos ambientais. Como a construtora precisa apresentar soluções prévias antes de iniciar os trabalhos, identificar os que não deve ser feito e o nível dos problemas se torna um diferencial e tanto em sustentabilidade 

De modo geral, as divisões acontecem em cinco categorias que costumam ser fixadas neste tipo de segmento. Veja abaixo uma breve descrição dos tipos de riscos, suas classificações no esquema de cores conforme o nível de gravidade e os exemplos mais frequentes.

Tamanho dos círculos no mapa de risco 

Vale destacar que dentro das categorias, a intensidade do risco é medida pelo tamanho do círculo usado para representá-lo. Ou seja, quanto maior for o círculo maiores são as chances do potencial problema ou acidente acontecer. 

O círculo pequeno simboliza algo que já apresenta solução ou é de baixo impacto. Já o círculo médio envolve intensidade e gravidade média. Enquanto o círculo grande é de alta gravidade e intensidade e tem o adicional de ser um círculo mais difícil de controlar. 

Riscos físicos (verde)

Os riscos físicos classificados na categoria verde representam diversas formas de energia presentes no ambiente da obra. Entre os principais, podemos citar os ruídos, as vibrações, as temperaturas extremas de calor ou frio, as radiações e as pressões anormais, como em tubulões pneumáticos e atividades em grandes altitudes.

Riscos biológicos (marrom)

Os riscos biológicos são causados por microrganismos, como bactérias, fungos, vírus, protozoários e parasitas. Ter contato com este tipo de agente pode trazer problemas sérios à saúde dos trabalhadores, principalmente em instalações sanitárias sem os devidos cuidados de higiene e proteção, laboratórios ou obras.

Riscos ergonômicos (amarelo)

Os riscos ergonômicos amarelos se configuram por atividades de esforço físico intenso, como levantamento e transporte de peso, movimentos repetitivos, jornada de trabalho prolongada, ritmo excessivo, trabalhos em turnos inadequados e postura prejudicial. Além do esforço físico, consideram-se também os danos psicossociais decorrentes do trabalho.

Riscos de acidentes (azul)

A cor azul está relacionada aos riscos de acidentes em todas as áreas da construção civil. O que inclui perigos com equipamentos pesados, manipulação de máquinas por colaboradores sem conhecimento técnico, uso de circuitos elétricos não confiáveis, chances de quedas, incêndios, ferramentas com defeito, iluminação inadequada e explosões. 

Riscos químicos (vermelho)

Já os riscos químicos são organizados na cor vermelha e exigem o máximo de atenção de todos que circulam pelas áreas da obra em questão. Entre os exemplos mais comuns estão poeiras, como sílica e cimento, fumos de solda, gases de hidrogênio e vapores e névoas de tintas ou solventes. 

Personalize a montagem do mapa de risco de obra 

O formato inicial do mapa de risco de obra surgiu na Europa por volta de 1960 e com o passar do tempo, foi adaptado em realidades ao redor do mundo. Sendo assim, o mais importante é entender as características específicas de seu projeto, especialmente em questões de segurança, para fazer algo personalizado. 

No momento de montar o mapa, vale traçar um panorama do local de trabalho com a ajuda de especialistas e divulgar as informações entre os colaboradores para incentivar a participação em atividades de prevenção. Colete também dados, como idade, sexo e formação profissional com a intenção de calcular os riscos de forma eficiente. 

Com isso, é possível conhecer as queixas mais comuns do time e coletar feedbacks de problemas que impactaram a dinâmica de experiências anteriores. O que permite desenvolver medidas preventivas, ter um relatório de impacto ambiental completo e entender quais ações agressivas já foram realizadas no terreno. 

Entenda os impactos na compra de insumos 

Diante do trabalho em conjunto que o desenvolvimento de um mapa de risco exige, a etapa da compra de insumos ganha responsabilidade dobrada. Afinal de contas, é necessário escolher materiais mais seguros e adequados conforme os tipos de vulnerabilidades identificadas no início do projeto. 

O que permite atuar em conformidade com as normas ambientais, a otimização de custos, a eliminação de desperdícios e retrabalhos por perda de material. Para o gestor, o conteúdo do mapa de riscos funciona como uma espécie de direcionador sobre quais materiais e substâncias causam mais acidentes, como a poeira de cimento e os produtos químicos.

A análise de riscos também é muito interessante na busca por fornecedores que trabalham dentro do contexto sustentável, entregam produtos de alta qualidade e respeitam as exigências legais em todos os contextos, como a madeira legal e certificada, retirada do processo de manejo florestal em que árvores são plantadas diretamente para comércio. 

Toxicidade dos itens adquiridos 

Para contribuir com o aumento da segurança do mapa de risco, a etapa de compra de insumo pode incluir a inspeção de toxicidade. Este processo faz muita diferença na proteção do bem-estar dos colaboradores no canteiro de obras e no desenvolvimento de um padrão de qualidade. 

É uma prática que reduz ainda o número de refações e não exige manutenções frequentes como em outras dinâmicas de trabalho que fazem menos análises no planejamento. No processo de inspeção eficiente, defina claramente o que precisa de atenção especial e quais aspectos não serão aceitos. 

Inclua o comparativo com as Fichas de informação de Segurança de Produto Químico (FISPQ) e priorize análises qualitativas de riscos e, quando necessário, avaliações por meio de amostragem no ar do ambiente de trabalho. 

Para fazer a análise de toxicidade de materiais para obra, é preciso identificar os produtos químicos usados, analisar as suas Fichas de Informação de Segurança de Produto Químico (FISPQ), realizar uma avaliação qualitativa de riscos e, se necessário, uma avaliação quantitativa por meio de amostragem do ar no ambiente de trabalho. 

Priorize produtos sustentáveis 

O melhor caminho para ter um canteiro de obras em conformidade ambiental e mais seguro em diferentes pontos é priorizar o uso de produtos sustentáveis. De fato, quem lida com o setor de construção civil já observou a urgência na adoção de medidas que reduzam os impactos ambientais e otimizem o trabalho.

Procure por materiais com certificações ambientais e que estejam dentro de práticas sociais responsáveis. Além da reciclagem de resíduos, o armazenamento de água da chuva, os métodos de iluminação natural e de ventilação cruzada também se encaixam perfeitamente na proposta e agregam valor ao resultado. 

Muitos parceiros comerciais, inclusive, priorizam construtoras que demonstram o compromisso em reduzir impactos ambientais por meio de uma cadeia de suprimentos sustentável. Trata-se de um grande conjunto de soluções em que a conformidade ambiental gera processos mais seguros e conscientes na rotina dos colaboradores. 

Documentação obrigatória 

Uma dinâmica alinhada com as normas ambientais e mais consciente no dia a dia começa com a documentação obrigatória relacionada. Muitos colaboradores da construtora desconhecem a importância da parte burocrática do serviço e colocam as operações em riscos de multas, apreensões e paralisações

Um bom exemplo disso está na emissão do Documento de Origem Florestal (DOF) que deve acompanhar produtos e subprodutos de origem florestal movimentados e armazenados na construção civil. Na prática, é uma licença obrigatória responsável por controlar a extração e o uso de madeira legal e certificada. 

Também se aplica em outros itens do setor, como lenha, forro e carvão vegetal. Quem movimenta carga sem o DOF coloca em risco o fluxo de trabalho e, caso seja autuado, pode ter a licença ambiental suspensa ou até mesmo responder por crime ambiental sujeito à detenção em situações graves.

Trabalhe em conformidade ambiental 

Como você viu até aqui, atuar em conformidade ambiental na construção civil exige medidas em todas as etapas do trabalho. São decisões voltadas para as diretrizes da legislação que transformam o posicionamento da equipe, o monitoramento das atividades e as avaliações de impactos sociais. 

Além da parte burocrática que é decisiva no cumprimento de prazos e na saúde financeira, existe toda uma força-tarefa que envolve a gestão do CTF do IBAMA, homologação de pátios, a emissão do DOF e a entrega de relatórios anuais obrigatórios desenvolvidos em esquemas rigorosos. 

Acompanhamentos constantes 

Por conta de toda a complexidade regulatória, existem vários desafios de gestão ambiental na construção civil que precisam ser acompanhados de maneira constante. Por exemplo, algumas normas e regulamentos podem variar conforme a região em que o projeto será realizado. 

Sem um procedimento que se repete em todos os trabalhos, é preciso criar do zero em cada planejamento estratégias de conformidade ambiental e como mitigar os riscos do mapa de obra. Em obras de grande porte, a situação pede ainda mais cautela pela inclusão de diretrizes federais, estaduais e locais. 

É preciso acompanhar os resultados no dia a dia e mensurar o que realmente funciona. Como não existe uma conta exata para os problemas que podem surgir, é importante identificá-los rapidamente para que não se transformem em algo maior. Crie também processos multidisciplinares de investigação que direcionem as decisões futuras.

Busque uma consultoria ambiental experiente 

O mapa de riscos feito em conjunto com as ações de compliance ambiental transforma a maneira como as construtoras trabalham com a capacidade de reposicionamento positivo no mercado. Para que tudo aconteça de maneira simples e eficiente, busque ajuda de uma consultoria ambiental experiente com opção de suporte completo no setor. 

Com as documentações obrigatórias organizadas e uma comunicação clara que visa implementar práticas ambientais conscientes em todas as esferas de trabalho, os gestores da construção civil conseguem se concentrar em decisões intransferíveis sem preocupações com gastos inesperados com multas ou autorizações não solicitadas. 

O mapa de risco de obra baseado na gestão ambiental permite descomplicar várias etapas em que o trabalho na construção civil pode gerar riscos e atrasos. E quando se fala em prazos rigorosos e a necessidade de promover uma comunicação clara, vale contar com um time de especialistas do setor para personalizar detalhes e se destacar nas decisões positivas diante da concorrência do mercado.

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